
Por que você fica se comparando com os outros? Você acredita que os outros tem qualidades que você não tem? Que são mais ricos, bonitos, inteligentes e competentes que você? Que isso explica, em grande parte, porque você se sente infeliz ou inferior aos outros?
Se você olhar com mais profundidade, irá reconhecer que comparar-se com os outros é uma forma de sofrimento sem nenhum benefício real. Por quê? Por que somos todos únicos. Não existe ninguém igual a você. Eu sei que você já ouviu esta frase milhares de vezes – mas eu estou repetindo mais uma vez porque você ainda não acredita. Quer a prova? Você continua se comparando e sofrendo com isso.
A comparação é um mecanismo automático e condicionado da mente humana. É uma maneira de avaliar – sou melhor ou pior que o outro? Sou um sucesso ou fracasso? E porque a mente faz isso? Porque o valor próprio ou autoestima ainda está atrelado a questões externas – dinheiro/bens materiais, prestígio ou status profissional, ser respeitado pelos outros, etc.
A pergunta que muitas pessoas fazem é: mas se eu não me comparar com os outros, como saberei se sou um sucesso um fracasso? Se estou estagnado ou evoluindo?
Para responder a estas perguntas sem utilizar o mecanismo da comparação você precisa desenvolver o autoconhecimento, isto é, alguma noção de quem você é. Precisa refletir sobre quais são as suas referencias, ambições e conceitos de sucesso pessoais. Mas para a maioria das pessoas, fazer esta reflexão parece muito ameaçador, pois elas acreditam que irão encontrar algo desagradável sobre si mesmas. Sem nem mesmo tentar, aceitam esta crença coletiva.
Sem acesso ao autoconhecimento – conhecimento que vem de dentro – elas se sentem impelidas a buscar uma referencia externa – a comparação com os outros. Acreditam que se foram capazes de se comportar de acordo com os ícones de sucesso, elas serão capazes de se libertar do sentimento de frustração e limitação. Suas vidas ganharão um novo sentido.
Mas como a palavra indica, quem compara “fica parado” na comparação, e no sentimento de inveja, raiva ou impotência que ela enseja. A repetição deste mecanismo mental não permite que a pessoa descubra seu caminho ou propósito único, a resposta ao significado de sua existência.
Essa verdade foi expressa de forma profunda pelo poeta norte-americano Robert Frost:
Dois caminhos se bifurcavam numa floresta,
E eu escolhi o menos percorrido
E isso fez toda a diferença.
Minha mensagem é – não se compare com ninguém. Você é a sua própria referencia. Escolha o caminho menos percorrido, pois ele é o seu. Ele está esperando que você o trilhe.